Câmara promulga lei que impede cardápio exclusivamente digital em restaurantes de Porto Alegre

Estabelecimentos terão 30 dias para se adequar. Em caso de descumprimento, está prevista multa no valor de R$ 550,89. Cardápio impresso em estabelecimento de...

Câmara promulga lei que impede cardápio exclusivamente digital em restaurantes de Porto Alegre
Câmara promulga lei que impede cardápio exclusivamente digital em restaurantes de Porto Alegre (Foto: Reprodução)

Estabelecimentos terão 30 dias para se adequar. Em caso de descumprimento, está prevista multa no valor de R$ 550,89. Cardápio impresso em estabelecimento de Porto Alegre Cristina Beck/CMPA A Câmara de Vereadores de Porto Alegre promulgou, na quinta-feira (5) a lei que proíbe bares e restaurantes de oferecer apenas cardápios digitais para o público. Com isso, os estabelecimentos da capital deverão disponibilizar menus impressos, em murais ou em placas. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A quantidade de cardápios físicos à disposição deve ser de, pelo menos, 5% da capacidade do restaurante. Os locais que optarem por também oferecer cardápio digital deverão fornecer acesso gratuito à internet aos clientes. Os estabelecimentos terão 30 dias para se adequar. Em caso de descumprimento, está prevista multa no valor de R$ 550,89. Refeições oferecidas pelos estabelecimentos são disponibilizadas em um QR Code WT Cardápio/Divulgação O prefeito Sebastião Melo (MDB) não se manifestou a respeito da pauta. Como Melo não vetou nem sancionou, a validação ficou por conta do presidente da Câmara, Mauro Pinheiro (PP). A promulgação consta no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). O autor da lei promulgada, vereador João Bosco Vaz (PDT), sustenta que restaurantes com cardápio 100% digital prejudicam clientes que não possuem celular ou têm alguma dificuldade com a utilização do aparelho, como idosos. A presidente da seccional do RS da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Maria Fernanda Tartoni, afirma que "lamenta muito essa promulgação" e considera a lei "um retrocesso". "A Abrasel lamenta muito essa promulgação. Em uma era que se fala em Inteligência Artificial e autoatendimento, o surgimento de uma lei que obriga os estabelecimentos a usarem o cardápio físico é um retrocesso. Por exemplo, no meu restaurante eu uso o físico pela preferência do nosso público-alvo. Mas os estabelecimentos têm o direito de trabalhar com o cardápio que preferirem conforme seus projetos e entregas", avalia. Os cardápios digitais começaram a ser adotados, principalmente, em meio à pandemia. A prática era uma alternativa ao compartilhamento de objetos entre pessoas diferentes, a fim de evitar a disseminação do coronavírus. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

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