MP denuncia mãe por homicídio qualificado de menina de 7 anos morta a facadas em Novo Hamburgo

Caso aconteceu no dia 9 de agosto. Promotor diz que crime possui quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da menina e o ...

MP denuncia mãe por homicídio qualificado de menina de 7 anos morta a facadas em Novo Hamburgo
MP denuncia mãe por homicídio qualificado de menina de 7 anos morta a facadas em Novo Hamburgo (Foto: Reprodução)

Caso aconteceu no dia 9 de agosto. Promotor diz que crime possui quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da menina e o fato de ter sido cometido contra uma menor de 14 anos. Ana Pilar Cabrera, de sete anos, morta a facadas em Novo Hamburgo Reprodução O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul denunciou, nesta quarta-feira (4), Kauana Nascimento pelo homicídio qualificado da própria filha, Anna Pilar Cabrera, de sete anos, a facadas. O crime aconteceu no dia 9 de agosto deste ano, em uma residência no Centro de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A Defensoria Pública do RS, que representa Kauana Nascimento, informou que o caso tramita em segredo de Justiça e que só vai se manifestar nos autos do processo. A mulher teve a prisão preventiva decretada pela Justiça dois dias após a morte da criança. O promotor Robson Barreiro, da Promotoria Criminal de Novo Hamburgo, foi responsável pela denúncia. De acordo com ele, o homicídio, que foi cometido com uma arma branca, possui quatro qualificadoras: Motivo torpe, já que a mulher teria cometido o crime em retaliação ao pai da vítima. Ela acreditava que o genitor estaria em um novo relacionamento amoroso e negligenciava os cuidados com a família; Meio cruel; Recurso que dificultou a defesa da menina; O fato de o crime ter sido cometido contra uma menor de 14 anos. Robson Barreiro ressalta que a relação de coabitação, ou seja, que a vítima e a acusada viviam juntas, é uma causa de aumento de pena. A proximidade e o convívio diário entre mãe e filha adicionam um agravante significativo ao caso, segundo o MP. Em manifestação no mês de agosto, a Polícia Civil já afirmava não ter dúvidas de que a mãe teria esfaqueado a menina. Segundo o chefe de polícia do RS, delegado Fernando Sodré, testemunhas viram a mulher retirando o corpo da filha do apartamento onde viviam. "Nós temos pessoas que viram ela retirando o corpo da menina de dentro de casa e deixando no corredor. (...) Não temos nenhuma dúvida da autoria", afirmou Sodré na época. 'Uma criança muito meiga', diz tia-avó de menina Menina de 7 anos é morta a facadas em Novo Hamburgo; mãe foi presa O caso Segundo a Brigada Militar (BM), os indícios são de que a vítima teria sido atacada dentro do apartamento onde morava, no terceiro andar de um prédio na área central do município. Vizinhos acionaram a polícia após ouvirem gritos. O local foi encontrado com os móveis sujos de sangue. Uma faca foi localizada em cima da cama. Quando os socorristas do Samu chegaram, a criança já estava sem vida no corredor do prédio. As facadas atingiram a barriga e o peito da menina. Conforme a polícia, ela provavelmente tentava fugir. Os policiais militares que atenderam a ocorrência perguntaram aos vizinhos como era o comportamento da mãe com a filha. "Conforme o relato prévio dos vizinhos, não houve qualquer indício de briga ou fato que indicasse esse resultado no local", afirma o capitão Gilson Borges Nunes, da BM. Tia-avó se emociona ao falar de menina morta a facadas em Novo Hamburgo A mãe teve que ser levada para o hospital porque também estava ferida com golpes de faca. Inicialmente, ela recebeu atendimento no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, depois foi transferida para uma unidade em Charqueadas. Uma das linhas de investigação é de que ela teria se autolesionado após supostamente ter tirado a vida da filha. A outra possibilidade é de que ela tenha tentado se matar. Conforme o Tribunal de Justiça do RS, a juíza Fabiana Pangel considerou que estão presentes indícios de autoria do crime e por isso, converteu o flagrante em prisão preventiva, sem prazo para soltura. "A gravidade com que se deu o crime necessita de maiores investigações, indicando a necessidade de manutenção da segregação da custodiada, a fim de garantir a devida instrução criminal", diz a magistrada O pai da criança foi avisado do crime, segundo a Justiça. O homem é argentino e estava separado da mãe da menina. O corpo de Anna foi sepultado no dia 11 de agosto. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

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